Análise: The Walking Dead: Episode 1 – A New Day
Uma das séries de maior sucesso hoje em dia, tanto na TV quanto em quadrinhos, The Walking Dead trata de um mundo que vive em um apocalipse zumbi, porém ao contrário de Resident Evils da vida, não se trata de empresas fodonas querendo foder com o mundo todo criando armas biológicas e sim de pessoas lutando por sua sobrevivência.
Não se sabe exatamente até então a causa desse terror todo, mas os recursos vão ficando cada vez mais escaços e as pessoas precisam buscar uma nova forma de viver neste mundo, o que pode torna-las mais frias a ponto de puxar o gatilho de uma arma em qualquer coisa que as ameace.
O game se passa nesse mesmo universo, por ora, esqueça a série de TV, por mais excelente que seja, é uma adaptação, não segue exatamente o que acontece nos quadrinhos, o que é bom, pois dá uma nova identidade para a história. O game se passa no mesmo universo dos quadrinhos, mas se trata de uma história paralela, aqui os únicos personagens conhecidos são Glenn e Hershel, todos os outros foram criados para o jogo. Um novo grupo com personagens com personalidades distintas, desde a menininha inocente em busca dos pais, por uma família caipira até um velho extremamente rabugento e filho da puta.
O personagem principal é Lee, um bom homem, porém tomou uns galhos da esposa com um outro cara e o matou, com isso foi preso. Enquanto estava sendo levado para a cadeia na estrada, se percebe um movimento no sentido contrário da pista, diversas viaturas indo pra cidade, o apocalipse está começando e se você leu os quadrinhos ou viu o começo da série, sabe do que se trata. De repente um zumbi aparece no meio do caminho causando um acidente, o policial é atirado pra fora do carro e Lee precisa escapar, mesmo ferido de vários zumbis ao seu redor, logo localiza uma casa onde encontra uma menina chamada Clementine, que espera por seus pais que nunca voltarão, com isso Lee promete tomar conta da menina e ai começa a jornada.
No decorrer da história você irá encontrar outras pessoas, precisará falar com cada uma delas, ganhar sua confiança e fazer algumas tarefas, conforme se faz isso, você irá conhecer cada um deles e suas personalidades, cada ação sua irá influenciar de alguma forma em eventos futuros, e algumas escolhas são críticas, como escolher quem sobrevive ou quem morre em um ataque zumbi.
Ao contrário de diversos jogos de zumbis, o jogo é cadenciado, mais calmo e parado, você não irá pegar uma arma e sair atirando nas ruas, na real você nem usará uma arma, apenas uma chave de fenda e um machado, o jogo é no estilo que consagrou a Telltale, um bom adventure point’n click, porém existe de certa forma combate contras as criaturas, ainda que de forma básica, porém satisfatória. Quando for atacar, aparecerá um cursor próximo ao corpo do inimigo, é preciso levar o cursor até um ponto fraco e apertar o botão do mouse rapidamente (a versão testada foi a do PC), dependendo da situação esse movimento precisará ser feito mais de uma vez. De resto a mecânica é simples, movimente o personagem pelo cenário e clique nos pontos de atenção para realizar determinada ação.
É um jogo diferente se tratando de zumbis, porém bem divertido principalmente para quem curte a série, merece ser jogado, nota-se o capricho da Telltale em reproduzir fielmente o espírito da série no game. Infelizmente o jogo é bem curto, leva menos de duas horas pra terminar, porém trata-se apenas do primeiro episódio, algo comum para a produtora que tem em seu currículo Back To The Future, que é bem similar.
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